Entre os himenópteros, algumas espécies de vespas solitárias são parasitóides, são conhecidas como vespas caçadoras. Essas vespas podem parasitar artrópodes (aranhas) ou insetos de outras ordens como Blattaria, Coleoptera, Hemiptera, Orthoptera. Lembrando que as espécies parasitóides tem uma relação de especificidade com os hospedeiros.
Veremos agora quais são as etapas desse parasitismo:
A manipulação direta atualmente melhor compreendida de um comportamento hospedeiro ocorre entre a vespa Ampulex compressa (Fabricius, 1781) e barata Periplaneta americana Linnaeus, 1758, sua presa.
1. Primeira picada: na base da asa (tórax) tornando as pernas (protórax) transitoriamente paralisadas (1-2 min.).
2. Segunda picada: precisa e demorada é dada na cabeça levando ao comportamento frenético.
3. Preparo: a vespa corta as antenas da barata com suas mandíbulas e alimenta-se da hemolinfa retirada das antenas da barata.
4. Liderança: movimenta-se para trás, de frente para a presa liderando o hospedeiro até a toca pré-selecionada para oviposição.
5. Oviposição: um ovo é colado na cutícula da presa; a vespa sai da toca e bloqueia a entrada com pequenos seixos coletados nas proximidades, selando o hospedeiro letárgico.
Foto: movimento de liderança preparando o hospedeiro para ser levado para toca. http://danianderson.blogspot.com/2009/10/vespa-parasitoide.html |
Foto: A larva da vespa Ampulex pronta para se alimentar dos órgão interno da barata Periplaneta. http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia |
Foto: Momento em que a vespa Ampulex emerge da barata Periplaneta. http://www.anura.it/stories/ampulex-engdicionar legenda |
Como podemos perceber o comportamento de manipulação do
hospedeiro de A. compressa é complexo e demorado e pelo fato de esta espécie realizar postura de apenas um ovo por hospedeiro, o que torna delicado o seu ciclo de vida.
Muito legal! Didático!
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