O parasitismo é uma interação ecológica interespecífica (entre espécies diferentes) desarmônica (um leva vantagem sobre o outro) e devido a extensão desse tema, para melhor entendimento, ele será tratado em partes. Para começar vamos responder a essa pergunta: Você sabe a diferença entre parasita e parasitóide?
Antes de responder a essa pergunta, precisamos entender que o parasitismo realizado pelos insetos é parte de um sistema natural de regulação das comunidades. E a diferença entre parasitas e parasitóides está relacionada ao comportamento desses insetos. Enquanto os parasitas se alimentam de vários hospedeiros sem matá-los, os parasitóides acabam por matar seu hospedeiro.
Parasitismo
Antes de responder a essa pergunta, precisamos entender que o parasitismo realizado pelos insetos é parte de um sistema natural de regulação das comunidades. E a diferença entre parasitas e parasitóides está relacionada ao comportamento desses insetos. Enquanto os parasitas se alimentam de vários hospedeiros sem matá-los, os parasitóides acabam por matar seu hospedeiro.
Parasitismo
O parasitismo pode ocorrer entre insetos ou artrópodes (parasitóides) ou vertebrados (ectoparasitas). Quando o parasitismo acomete o homem, associa culturalmente uma imagem negativa aos insetos como transmissores de patógenos, entretanto, é preciso reforçar que um inseto só pode ser considerado vetor de alguma doença, se este estiver infectado com algum tipo de vírus ou protozoário.
Embora alguns insetos reconhecidamente hematófagos (que se alimentam de sangue) e potenciais vetores também incluem a seiva das plantas em sua dieta alimentar para obtenção de carboidratos como é o caso culicídeos, flebotomíneos, simulídeos, ceratopogonídeos e tabanídeos. O comportamento hematofágico é comum em fêmeas e tem como objetivos a obtenção de nutrientes e a produção de descendentes.
Foto: fêmea da espécie Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae) |
Parasitóide
Quando ocorre entre insetos, o parasitismo também objetiva a obtenção de alimento, não do inseto adulto (como ocorre nos hematófagos) mas dos imaturos (ovos e larvas) desses insetos ditos parasitóides. Dependendo da espécie parasitóide, essas posturas podem ocorrer no tegumento ou no interior do hospedeiro.
Quando ocorre entre insetos, o parasitismo também objetiva a obtenção de alimento, não do inseto adulto (como ocorre nos hematófagos) mas dos imaturos (ovos e larvas) desses insetos ditos parasitóides. Dependendo da espécie parasitóide, essas posturas podem ocorrer no tegumento ou no interior do hospedeiro.
Foto: besouro da espécie Oulema melanopus (Linnaeus, 1758) possivelmente parasitado por larvas de vespa da espécie Tetrastichus julis (Walker, 1839) seu predador natural. |
Foto: lagarta parasitada por ovos |
É comum observarmos alguns insetos recobertos de ovos que são as posturas de insetos parasitóides. Entretanto, como vimos anteriormente, diferente de como ocorre em outra associações parasita-hospedeiro, nesta caso, o hospedeiro geralmente morre, servindo de alimento para as larvas recém eclodidas.
A princípio o parasitismo parecer prejudicial ao hospedeiro, entretanto, essa associação é importante para o controle natural das populações entre os insetos. Essa prática têm sido cada vez mais utilizada pelo homem como controle biológico. O descontrole populacional ocorre quando espécies exóticas (que não é natural de determinada região) após serem introduzidas crescem de forma descontrolada, devido a ausência de um inimigo natural, tornando-se prejudiciais à áreas urbanas, florestas e a economia agrícola de determinada região.
Foto: besouro parasitado por ovos |
Problemas futuros causados pela fragmentação
de habitats, alterações climáticas e perda de habitat primário em todos os
ecossistemas, gerarão impacto. E conhecer os insetos parasitóides e suas especificidades com relação ao hospedeiro irá ajudar no gerenciamento dos insetos-praga que por ventura forem prejudiciais em área urbana, floresta e na agricultura, além de contribuir para a preservação do habitat natural e conservação da biodiversidade do
parasitóide.
Referências:
Foottit, R.G. & Adler, P.H. Insect biodiversity: science and society. Wiley-Blackwell Publishing, 2009. 642p.
Gullan, P.J. & Cranston, P.S. Os insetos: um resumo de entomologia. 3.ed. São Paulo: Roca, 2007. 440p.
Marcondes, C.B. Entomologia: Médica e Veterinária. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 526p.
Você já ouvir falar em vespas caçadoras?
Não! Aguarde o próximo tópico!
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Foottit, R.G. & Adler, P.H. Insect biodiversity: science and society. Wiley-Blackwell Publishing, 2009. 642p.
Gullan, P.J. & Cranston, P.S. Os insetos: um resumo de entomologia. 3.ed. São Paulo: Roca, 2007. 440p.
Marcondes, C.B. Entomologia: Médica e Veterinária. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 526p.
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